CINZELADOR DAS LETRAS
"Invejo o ourives quando escrevo/Imito o amor/
Com que ele, em ouro, e alto relevo/Faz de uma flor//
Imito-o. E, pois, nem de Carrara/A pedra firo/O alvo
cristal, a pedra rara/O ônix prefiro//(...)/Torce aprimora,
enfeita a imagina/A frase; e, enfim,/No verso de ouro
engasta a rima/Como rubim..."
"Trabalha, e teima, e sofre, e lima, e sua!..."
(Olavo Bilac)
Talho até sentir do assomo o sumo
Da poesia vivo - como estudo -
Haja fé enfim; e como não iludo
A ninguém - ou a mim - e tomo o prumo
Pois esculpo as letras cinzelando
Lustro a letra em jóia se transforma
Crio escola - invento nova norma
Sistemático, polio vez em quando...
Deixo um brilho transparente - um cristal...
Ourivez, procuro ser igual
Minhas jóias faço em poesias...
Cultivo minhas pedras preciosas
Ouro entrego amigos - minhas rosas
Diamantes de lágrimas e alegrias...
"Invejo o ourives quando escrevo/Imito o amor/
Com que ele, em ouro, e alto relevo/Faz de uma flor//
Imito-o. E, pois, nem de Carrara/A pedra firo/O alvo
cristal, a pedra rara/O ônix prefiro//(...)/Torce aprimora,
enfeita a imagina/A frase; e, enfim,/No verso de ouro
engasta a rima/Como rubim..."
"Trabalha, e teima, e sofre, e lima, e sua!..."
(Olavo Bilac)
Talho até sentir do assomo o sumo
Da poesia vivo - como estudo -
Haja fé enfim; e como não iludo
A ninguém - ou a mim - e tomo o prumo
Pois esculpo as letras cinzelando
Lustro a letra em jóia se transforma
Crio escola - invento nova norma
Sistemático, polio vez em quando...
Deixo um brilho transparente - um cristal...
Ourivez, procuro ser igual
Minhas jóias faço em poesias...
Cultivo minhas pedras preciosas
Ouro entrego amigos - minhas rosas
Diamantes de lágrimas e alegrias...