SONETO DO FALSO AMOR

Me entrego ao sentimento diferente,

minhas queixas... as lamúrias de amor.

Amo-te de maneira tão ausente,

o oposto do passarinho e da flor!

Me estranho pois me foge o argumento,

as palavras da garganta não saem.

Sinto um leve descontentamento,

minhas juras de amor pelo chão caem!

Amo-te! E me dedico mais a mim,

consolo a alma aceitando o silêncio.

Confesso egoísmo ao pensar assim,

pensando em mim um devaneio intenso!

Minha queixa, o penar de solidão,

que em vão tenta afagar seu coração!

Adolfo Campos
Enviado por Adolfo Campos em 22/03/2008
Reeditado em 25/05/2008
Código do texto: T911805