QUASÍMODO E ESMERALDA

Quasímodo, o corcunda de Notre Dame;

eu o vi carregando a dor nas costas

como fora monstro sombrio, verme, infame;

nas insígnias da alma seu amor cortado em postas.

Esmeralda; na Catedral o sino embora chame,

dobram no corcunda ecos mudos das calotas

e esconde sua amada da turba em febre insane

entre o carrilhão ,fazendo soar-lhe as notas.

De repente, o homem sobre quem caiu a praga

recebe a flecha que se lhe afunda a chaga;

beija Esmeralda e se fina em dor profunda.

Ela o acalanta no colo como um filho,

nem percebe o sangue pingando no ladrilho

como pérolas,desfazendo-se em seus braços a corcunda!

Chaplin
Enviado por Chaplin em 21/03/2008
Reeditado em 15/05/2008
Código do texto: T910895