Soneto
Penso, em busca de um verso promissor:
"Tão doce é o meu amor, que dele faço
Pudim para as visitas no terraço -
Que nem querem se ir mais, de tanto amor!"
E cismo, a incitar só um versim melhor
Em mim que se vá além de um tal fracasso,
Que há-de ser nem sabê-lo mais de cor -
E um troço, que se for assim, eu passo!
Mas testemunha é a pele dela, enfim,
De tudo quanto não escreva à braba
Situação que às vêiz faiz com que a mim
Grite: "Num vai tomá tento, seu caba?
De visita em visita ...ou de pudim
Em pudim, de repente,
[o amor
[se acaba..."
a 17 de Março de 2007