Trilogia da Gratidão
(Para meu amigo: Cândido)
I
No presente
Tere Penhabe
Confesso que não sei se é humano.
Ora parece ser, porém nem tanto!
De vez em quando um texto Freudiano,
Me causa primitivo e rude espanto!
Logo depois parece um Franciscano...
Faço o sinal da cruz e me levanto.
Nesse momento torna-se um paisano
Nos risos todos que me dá e é tanto!
Tenho por ele amor materno e santo!
E a gratidão do que jamais se paga.
No coração, sagrada é sua vaga!
Ensinou-me o que mais sonhei, portanto,
Quando dizem que tal moço sou eu mesma,
Eu rio muito sem qualquer tristeza!
Santos, 06.03.2008
II
No Passado
Tere Penhabe
Eu o conheci numa viagem linda,
Que fiz à casa de uma doce amiga:
- Fatyly, que após tanto tempo e ainda,
Meu coração feliz acolhe e abriga.
A vida passa e o que foi bom não finda!
Feliz lembrança nunca fica antiga,
E traz recordação sempre bem vinda,
Das brincadeiras que foram cantiga.
Almas grandes que entoam belo canto!
Disse Quintana, (que pra mim é torre):
"Amizade é um amor que nunca morre"!
Por isso a briga não nos separou...
E não hão de pensar que seja santo,
Quem é pecador e dos que pecam tanto!
Santos, 07.03.2008
III
E de repente...
Tere Penhabe
E de repente eu te vi regressar.
Vinhas sorrindo por entre as pedrinhas,
Nesse teu jeito doce de brincar,
Juntando as tuas às lembranças minhas.
Eras meu filho pródigo a voltar...
Tinhas missão, que não das pequeninas,
Pois que eu me debatia em alto mar,
Metrificando porcamente as rimas.
Me deste teu olhar, mestre exemplar!
Que me orienta sem denunciar,
E eu pude então colher louros a mais!
Ao ouvir, "Grande!", de quem leu e gostou...
Partilhar loas com quem me ensinou,
É meu feitio e não abro mão jamais!
Santos, 07.03.2008
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