Faz de Conta
No faz de conta que ora vivemos,
Como se,um do outro enamorado,
Sonhando viver o que não temos,
Tempo,para ficarmos lado a lado.
Este faz de conta nos enreda
Numa trama de sonhos e ilusão,
Mas o tempo cruelmente nos segreda
Não há mais tempo,tudo é em vão.
E neste brincar de faz de conta
Vamos nos deixando enveredar
Sem perceber o crepúsculo que aponta.
Não haverá para nós o amanhecer,
Procuremos desta rede nos salvar,
Bem melhor é,um do outro esquecer.
Publicado no Recanto das Letras,17/03/2008
Carolll