SOLIPSISMO
Solipsismo.
Ah! Solidão cruel e destrutiva,
Esta que pari passu me acompanha,
E no correr dos dias força ganha
De forma tão voraz e imperativa..
No meu tempo de antanho, quão altiva,
Era minha alma ao encarar o mundo,
Hoje me sinto qual um moribundo
Deglutindo o amargo da saliva.
Talvez queira o destino que eu viva
Balouçando-me em sua teia como aranha
E que o odor funesto e nauseabundo
Da cloaca da mente que ele assanha,
Me transforme em senil meditabundo
Que a contragosto a tudo sobreviva!