Soneto de saudades

O ar, desmotivado, brando se calou

sem coragem de ruidoso soprar

como fez por toda a vida.

Eu também me sentei a esperar

que seu sorriso que soou em despedida

retornasse a morada de teus lábios

como flamejante chama que se apagou

no mais singelo de todos os pávios

a existência, em saudades tuas, se desfez

espalhando-se ésteril pela atmosfera

pintando me a vida em tons pálidos

espero que os dias por agora vindos

venham me tirar dessa eterna espera

de novamente feliz rever tua tez.

Odair J Alves
Enviado por Odair J Alves em 13/03/2008
Código do texto: T899186
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