Sabor de ti
A minha boca, hoje tão deserta,
já serviu de oásis pro teu cio.
Já mapeou, teu corpo arredio,
Cada caverna e nova descoberta.
Já abrigou teus frêmitos, gemidos...
já te acalmou enquanto, em convulsão,
Vertias teus suores de paixão,
Assim que eu cochichava ao teu ouvido:
Mentiras feito chaves de algema,
Murmúrios de amor em agonia...
Suspiros sensuais em voz amena.
Hoje sedenta, triste e vazia,
preenche a tua falta num poema,
e o sabor de ti, com poesia.