Dama de ferro (2ª versão)
 
De alma exageradamente encardida
E mente descaradamente insana…
Ei-la, senhores, a nobre Fulana
Com a face fechada e empedernida.
 
Tomando ares de vulgar foragida,
Rosto sério, com ares de sacana
Mostra a todos o quanto é tirana…
Injusta, investe em gente decidida.
 
Em não ser sempre a classe expiatória
De eternas crises de um país à solta…
Forçando as hostes, cantando vitória.
 
Num Portugal, à deriva, à solta
Não pode a dama figurar na história...
De nós, só pode esperar a revolta.
 
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In ”Sonetos”
 
 
Lucibei
Enviado por Lucibei em 10/03/2008
Reeditado em 03/04/2018
Código do texto: T895532
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