Em noite de luar/sim

Em noite de luar procuro morada,

Povoado o Céu d’estrelas; a erma rua;

O Vento, em prosa murmurando, a Lua

Persuadindo em luzente prateada;

Repentino em desvario a madrugada

Agora quase, d'estrelas nua,

E eu delirando... a alma flutua...

Triste,solitária,desesperada.

O pensamento vagueia — O coração aperta,

O corpo fatigado vai esvaecendo...

Súbito vai-se a noite embalsamada.

A brisa matinal lúcida desperta,

O meu pranto o vento emudecendo...

Morrendo de saudades da amada.