INTEMPESTIVO AMOR!
O que reserva-me esse amor intempestivo
Onde será que eu aportei meu coração...
Por que meu íntimo depende da ilusão,
De agarrar-me a esse sonho redivivo?!
Por que meus braços insistem nesse vazio,
Que provocou-me a mais negra solidão,
Abandonando-me à cruel abstração,
Das noites em que me cercava o desvario!?
Tanto chamei pelo teu nome, foi em vão
Que eu busquei pelo teu corpo, em minha cama,
Onde eu me contorcia, imersa em pesadelos,
Sentindo os teus beijos ávidos, sem tê-los...
Pois aflorava em mim o pulsar da chama,
Que me queimava, no calor de tal paixão!