OS VERSOS QUE ME NASCEM

A dor ao peito aporta-se e aperta
Não sei... será angùstia ou agonia?
E fico matutanto na hora certa
De fazer elogio à elegia...
Os versos que me nascem são me gotas
Dos cortes doloridos da ilusão
A alma à carne - ambas rotas -,
Procuram uma cura - é isso então...
Bastardas sensações em versos frios,
Gasturas me causando, já me cansam,
Os partos sem ter fetos são vazios,
Os gritos quase insânias não me alcançam
Amor se faz então parturiente
E gesta mil prazeres, de repente...

GONÇALVES REIS
MARCOS LOURES
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 07/03/2008
Código do texto: T891841
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