Soneto IX
A longa distancia que me separa do teu coração
E meus sonhos da fria realidade
Quando te vejo diante de mim, doce ilusão
Separa-me também da sanidade
Que foi perdida em meus delírios, lentamente.
Noite após noite, mergulhado nas orgias
Inebriando com amargo vinho, minha turva mente
afogado em uma torrente de palavras vazias
Perdido num mundo, de onde não encontro saída
Amaldiçoado com obscuros sentimentos
E por ter que viver esta amarga vida
Sonhando, nunca dormindo, ouço teus gritos
Solidão, solidão nos braços de uma perdida...
Ninguém ouve, teu suspiro ou meus lamentos