MEU SER
Há dias que o meu ser fica de luto
E de tudo eu vejo um tom de eufono
E, então me sinto no intenso abandono.
Quando as duras cousas eu escuto.
O meu ser de dor fica poluto
Fico parado às vezes áfono
E então eu vejo o tom de um outono
Que nunca mais dará o doce fruto.
Muitas vezes eu me vejo a esmo
E então eu duvido de mim mesmo
E me sinto numa intensa magoa.
E eu de tanto chorar e sofrer
Não consigo estas dores vencer
E então meus olhos enchem-se d’águas...