Dezoito
Canto o amor que morreu pungente
Do bosque de Tanatos algum Eros
Envoltos no sangue que ela verte ciente
Cantem o mal e eu canto os esmeros.
Para muitos o ignoto arde somente
Num manto púrpuro os baixos austeros
Cantam a morte, e nenhum deles mente
Que decantando assim são sinceros.
Cantam na asa dos mortos em prantos
Cada um a espera da cova num canto
De úmida terra roxa do mistério.
Numa viagem sem a direção do norte
Sempre nos cantos da magoada morte
Cantem outros a existência e o encanto.
HERR DOKTOR