SAUDADE QUE MACHUCA E DÓI

Pesa-me tanto de ti essa saudade!
O gosto deveras amargo de solidão
Perpassa, acre, as ruas da cidade
Não tão longe, murmuram amarga canção

Não sei o que me dói mais: a tua ausência
Ou as muitas lembranças dos nossos dias;
A tua falta, de que tenho consciência,
A dorida tristeza das ruas vazias

Carente, tento sorrir à noite maldosa
Ela me olha fria e silenciosa,
Distante, indiferente à dor que choro

Já sentiste saudade algum momento?
E percebo: a noite não tem sentimento
E vai insensível se clamo, se imploro
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/03/2008
Reeditado em 05/07/2008
Código do texto: T884352
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