DELÍRIOS

Nesses meus delírios melancólicos
Desfaço o invólucro das muitas dores
Sentindo que os entremeios bucólicos
Trazem lembranças de antigos amores

Bate, então, a saudade alucinante
Um desejo atroz de evocar o tempo
E reviver, ainda que um só instante,
Apenas um que outro doce momento

Mas fica tudo tão somente no querer
E esses delírios consomem meu viver
Restando-me, assim, apenas devaneios

A inquietude assaz devastadora
Assalta minha mente e, assim, a devora
Sou carcomido por vis temores e anseios
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/03/2008
Reeditado em 05/07/2008
Código do texto: T884348
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