Soneto VII - Pêlago
Amanheço o dia olhando o mar
em um barco ao sabor do vento
a solidão, preço pago por te amar
soa agora em meu vão lamento
jogado em braços, que não os teus
sentindo frio, no entanto
desejando-te, peço a Deus
que não afaste de mim, o teu encanto.
Como a paz do meu equilibrio distante
o teu amor inutilmente tento alcançar
em meus sonhos a todo instante
e com a certeza de que posso apenas desejar
e te ter apenas em minha tortuosa mente
me atiro na corrente e me deixo levar.