Soneto XVI - Elianação
XVII
ELIANAÇÃO
Mestra, algo que percebi em teu semblante
me fez pensar, mas apenas, por um momento
que o sorriso que brotou-lhe às faces neste instante
foi de gozo com o nosso sofrimento
Senti em tua fala fria e compassada
um certo desejo, um tanto sádico
de ver nossa turma extenuada
escondido atrás de teu sorriso simpático
Vejo prazer em teu olhar inconstante
quando de surpresa nos interroga
e respondemos de modo relutante
Tua sutileza esconde um desejo atroz
de possuir todo nosso tempo e atenção
Belzebu, ou gaia perversa, tenha pena de nós!
à prof Eliana