Soneto do Homem Velho
Pelo que venci, brindo
as glórias que me guardam
as forças que me restaram
e assim, alegro-me - vivo!
Sobrevivi à baioneta e à bala
às lanças e aos punhais
mas tempo venceu - ataque fugaz
a velhice, sua eterna arma.
Chega a hora, tão esperada
não escapo... morte anunciada
despeço-me de todas as poesias
Mas não derrameis lágrimas por mim
não tenho medo desse meu fim,
valeu-me viver cada um dos meus dias!