O Silêncio do Cemitério
Na elevação da cripta o mistério
A noite cai nas sepulturas inermes
Passam imperceptíveis tantos vermes
Na terra jaz um corpo no cemitério.
O silêncio taciturno das corujas
O vidro castanho das efígies murmura
A lápide fria de mais uma sepultura
Do dormitório maldito do Hades fujas.
No segredo os passos do delírio
Na espiral descendente deste sírio
Os órgãos podres da cova o ruído.
Na cavidade escura deste crânio
Na sombra da morte o resto de titânio
E tudo morre no cadáver corroído.
HERR DOKTOR