Estela/sim
Quando d’amor eu vivia nesta ausência:
Sem trazer magoado o brando peito;
Sem fervorosas paixões nem despeito
Que pudesse causar em mim ardência.
Mas neste alegre engano tão perfeito,
Tanto me enganava por excelência,
Pois por vista de minha inocência
Novamente amor me invade o peito!
Novamente me invade o pensamento
Lembranças d’amor que arquejo
Nos desprovidos braços de Estela,
E novamente suspiro ao vento
Por quem esquecer em vão desejo:
Ah, ou eu amo ou eu morro d’amor por ela!