Estela/sim

Quando d’amor eu vivia nesta ausência:

Sem trazer magoado o brando peito;

Sem fervorosas paixões nem despeito

Que pudesse causar em mim ardência.

Mas neste alegre engano tão perfeito,

Tanto me enganava por excelência,

Pois por vista de minha inocência

Novamente amor me invade o peito!

Novamente me invade o pensamento

Lembranças d’amor que arquejo

Nos desprovidos braços de Estela,

E novamente suspiro ao vento

Por quem esquecer em vão desejo:

Ah, ou eu amo ou eu morro d’amor por ela!

Alssyno Dantas
Enviado por Alssyno Dantas em 29/02/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T880700
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.