Assédio
Saindo da poesia, sem hesitação, o corpo em ebulição...
Sedenta, nua, degenerada, louca para ser amada,
tocada, pela tua língua devorada, abrindo a portas
da loucura, o confronto assediando minha face oculta...
Rabisca minha pele com tinta rubra, escorra feito
mel por minhas curvas, afoga-me em tuas chuvas...
Envolva-me em suas nuvens delirantes de delícias...
Mostra-me as sensações do licor de sua língua...
Não há passe secreto, ao seu beijo não me nego...
Nos confins do universo te espero, com estrelinhas
aplaudindo cada loucura de amor que fizermos...
Sussurrando em teu ouvido, meu desejo atrevido...
Cedendo permito, que invada meu coração libido...
No cardápio o desafio à saciar o lume do meu cio...
S.S.
Rio