Um Morto Moderno
Esta adaga que com sua lâmina corte
Minha tez que obsceno sangue povoa
As vísceras da carne que o verme roa
Esta carcaça imunda após a morte.
Um corvo repousa neste sem sorte
No som doentio que o coveiro entoa
Criptograma do estojo que não perdoa
No tato deste maldito bedel tão forte.
Dissolução da alma do condenado
Na anêmica célula decaída
Na absurda decomposição a saída.
Substrato das maldades do danado
Nas eternas prisões deste enforcado
Do último suspiro na corda corroída.
HERR DOKTOR