PRIMAVERA

Distante de ti, passou por mim a primavera
Cheia de flores, num setembro festivo,
Quando tua presença, mais e mais quisera
Neste meu mundo, que de saudades vivo.

Cantos e odores, neste roseiral sem fim,
Doces lembranças de  feliz folgar
Fizeram-me esquecer um pouco de mim,
E sentir teu jeito gostoso de amar.

E absorto neste mundo de encantos
Esqueço da vida, nem sinto o tempo passar
Neste paraíso de adocicadas  primícias;

Mas, de mansinho, por entre folhas e flores,
Raios de sol despertam o meu sonhar
Findando assim, minha hora de delícias.

               Vinhedo, 28 de fevereiro de 2008.