Soneto IV

De um sonho turbulento, novamente eu desperto

no berço impuro das calçadas, sob a escuridão

Ouço ainda gemidos lascivos, soando bem perto

como numa orgia de ébrios celebrando à solidão

Caminhando pela noite, sem destino certo

vago solitário por negras ruas, sem direção.

meu olhar se perde pelo céu deserto

quando ouço do alto ecoar uma canção

Estrelas compondo uma triste sinfonia

de notas ébrias e cores sussurrantes

vibrando em doce e eterna sinestesia

Bailam as nuvens, os véus das almas errantes

pelos céus, com a mesma melancolia

das flores que fenecem em campos verdejantes.

Esse aqui custou muito pra sair^^

Comentem.