De parco gesto surge-me;
Pantomima minha catarse.
Exéquias ao meu drama.
O óbvio em tez de chama.
Mímica paralela a essa dor.
No assovio clássico do clamor,
De um futuro vestido de vazio.
Ante o palco do sacrifício.
Armistício das hipóteses.
Retórica turva dos prazeres,
Quando sentir a dor é oficio.
Em toda insensatez do sofisma.
Coercitivo na rima do enigma,
Onde amo sem ser específico.