De parco gesto surge-me;
Pantomima minha catarse.
Exéquias ao meu drama.
O óbvio em tez de chama.
 
Mímica paralela a essa dor.
No assovio clássico do clamor,
De um futuro vestido de vazio.
Ante o palco do sacrifício.
 
Armistício das hipóteses.
Retórica turva dos prazeres,
Quando sentir a dor é oficio.
 
Em toda insensatez do sofisma.
Coercitivo na rima do enigma,
Onde amo sem ser específico.
 
 
Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 27/02/2008
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