Obra do Destino,mísera condição

Muito,muito cruel foi teu duro Fado,

Ah, Dom Antônio, ilustre ser, humano!

Cuja dor,cuja pena,cujo dano

Malogras no peito atormentado!

Ó desespero da vida desumano,

D’alto desastre determinado

A quem tão abatido estava e magoado

Vendo o doce Amor partindo ufano!

Ó malditos Fados!Ó larga perdição!

Desprezo da vida!Elevada crueldade!

Sem haver dos Céus algum impedimento!

Ó obra do Destino,mísera condição!

Faltou-te a ti na terra piedade

De tão alto e humano merecimento!