Soneto I

Mestre, algo em teu semblante tão temido

me faz acreditar que perdeste o senso

e o que ouço em tua censura sem sentido

me obriga a dizer-te o que penso

Mestre, teu sorriso transloucado

que agora para o nosso espanto

reflete um desejo com fervor apaixonado

de levar-nos da alegria ao pranto

Mestre, não há escárnio em meu lamento

e te juro por tudo neste mundo

que não abandonei tuas lições um só momento

e diante de ti com um soluçar profundo

entre queixas jogadas ao vento

peço que perdoes teu pupilo vagabundo

Ao professor Paulo Paes de Andrade e sua inesquecivel Genética Molecular