NOITES DE INSÔNIA
São longas as minhas noites de insônia
Que se prolongam atravessando a madrugada
Eu perambulo, na vigília, num ir e vir
Como se tivesse desaprendido de dormir
Identificado com problemas ou desamores
O coração pena e o corpo sente dores
E o silêncio me cobrando miras e sonhos
Que deixei pelo caminho em abandono.
Eu tento me entreter nesses momentos
Banir de vez a solidão que me entristece
E não me deixar abater pela noitada
A manhã chega e o sono reaparece
É indispensável dormir, me refazer
Mas o sol levanta e eu preciso renascer.