Soneto XVII
acordo enfim, dos meus sonhos, fatigado
diante de um céu deserto
a lua se vai no horizonte já iluminado
alheio à tudo, ébrio ainda, eu desperto
como nas noites que passei acordado
à tua espera, sempre sozinho
bebi à vida, à morte e ao meu amor já esgotado
caindo inebriado pelos vapores do vinho
pela dor de não te ter ao meu lado
que faz minha vida sem sentido
e meu verso triste, apaixonado
agora ergo-me do solo onde estive prostrado
toda a noite em sono eterno e profundo
para ser novamente derrubado