Era uma vez a Bahia

Quanto escravo posto em mal agravante

Nas hostis senzalas,perdido o lenho!

Serviram o Sagaz por fazer o engenho

E de grosso trato o pai negociante!

Quanto escravo dado como indigente,

Homens bravos — que de brando gênio,

Foram os pés e as mãos do Senhor de engenho,

Para produzir açúcar excelente!

Em mar de soberba arrogância

O homem nobre e sua vulgaridade,

Provido de picardia em abundância,

Degradado mulato sem regalia

À vil castigo numa vil cidade:

Mercante usura — Era uma vez a Bahia!