O PRANTO DERRADEIRO

Nos teus minutos derradeiros, meu pai
te vi ser indefeso no sombrio leito
aguardando o último suspiro que vai
se esvaindo num ritmo inquieto

A voz falhando, débil, em tua garganta,
Balbuciavas incertezas...choravas
Lembravas talvez, pai de tua mãe santa
no dolorido pranto que derramavas?

comovido com teu gesto de grandeza
em expondo a emoção abertamente
abracei-te e vi que choravas a certeza

de não poder, no sopro final, expressar,
e tu gostarias, o quanto intensamente
nos amas, e mais ainda quisera amar
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/02/2008
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T875128
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