PAIXÃO INTEMENTE

 Quando tu me olhas tão diferente assim

Com esse olhar que envolve desejo e fome,

Sinto a paixão que há tempos me consome

E mais me perco num labirinto sem fim!

Quando te chamo e tu não vens, me desespero,

A solidão faz-se incômoda companheira...

Que por ela passei a minha vida inteira,

Fugindo do inevitável entrevero.

Por vezes vejo vicejar meus sentimentos

Que ocultei, independente da vontade,

De entregar-me a essa paixão intemente!

Pois a fagulha do amor, envolve a gente

De uma forma tal que falseia a verdade,

Explodindo em êxtase, todo momento!