Soneto XVIII
Mergulhado no mar bravio das ilusões
Dos voluptuosos seios da vendida
Que murmura ao meu ouvido suas canções
embalando mais esta noite perdida
Dos meus labios escorre um vão lamento
Pela sombra que pousou em minha vida
que desperdiço febril e macilento
ébrio, sempre com a taça à boca erguida
Vejo passar o tempo adormecido
Em seus braços embriagados das orgias
Lamentando meu passado perdido
Quando em meus versos indagava o que sentias
Sem esperanças em meu coração fenecido
Choro ainda sem saber porque mentias