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TEMPESTADE EM MIM!

A tempestade que se fez em mim

Qual fora a companheira silente,
Que chega suave e soturnamente,
Reacendendo, da dor, o estopim!

 

Dos trovões, o furor a invadir-me

Açoita e fere fundo a minh’alma...

Conquanto, desalinha a minha calma,

Arrefece o poder de destruir-me!

 

Não quero ouro, jóias preciosas...

Não há valores que me paguem tanto

Quanto eu peço que me seja remido,

 

Por todos os pecados cometidos,

Por meus encantos e os desencantos

Que fizeram da vida, nebulosa!

 

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