Meu poema...meu grão de areia
A sombra das vielas cobre o choro,
O desespero, a raiva, o desalento
Na grande avenida onde moro
Eu dou a minha voz ao seu lamento.
Junto o meu verso ao grito do poema
Poema que não cala, que denuncia
E ponho um grão de areia no sistema
Que para mim não é democracia.
As leis que sobre nós vão derramando
A injustiça, a dor, o sofrimento
Não calam...E o poema vai lavrando
Na força das palavras, na verdade
A terra que me deu por nascimento
O sonho de viver em liberdade.