BELEZA DA MORTE

Há no estertor da morte uma beleza

Transcendente, ignota, luminosa,

beleza sossegada e silenciosa,

Da luz branca da paz, tremula e acesa...

È o augusto momento em que a alma,presa

Ás cadeias da carne tenebrosa,

Abandona a prisão, dorida e ansiosa,

Sentindo a vida de outra natureza.

Um mistério divino há nesse instante,

No qual o corpo morre e a alma vibrante

Foge da noite das melancolias!...

No silêncio de cada moribundo,

Há a promessa de vida em outro mundo,

Na mais sagrada das hiararquias.

Jaubert

Jaubert
Enviado por Jaubert em 22/02/2008
Código do texto: T870315