REMINISCÊNCIAS

Nesse corre-corre brutal e inclemente,

Nessa vida insana e tristonha de ilusão

Somos tomados por ato muito indecente

Ao negar ao próximo carinho e atenção.

Quando alguém nos estende a rota mão

Implorando uma moeda, um caldo quente;

Dizemos de imediato o que vem na mente

Sem escutarmos de fato a voz do coração.

Por mais riqueza ou pobreza que se tem

Ninguém é melhor ou pior do que ninguém

A vil sepultura tem sempre nos mostrado.

Outra coisa banal ficou bem comprovado

Que nesse mundo absurdo e tresloucado

Quem mais dá é quem sempre menos tem.