Aquele homem
Aquele Homem que afaga a demagogia,
protege-se numa grande redoma.
Vomita frases para que o povo as coma,
palestra o que ninguém compreendia.
No palanque o grito é mais forte!
Do palanque a visão é pequena.
O povo que vive e só fala em morte,
como público, aplaude o ator em cena.
Um discurso de palavras requintadas,
com soluções por Aquele Homem inventadas,
fala à platéia sobre como será o futuro da nação.
Então, ao final do espetáculo, promessas se consomem...
E desce, realizado, aplaudido e esperançado, Aquele Homem
Que agora desaparece no meio da multidão