TRISTES INDAGAÇÕES

Poderia saber eu que pra ser querida,

teria que lutar contra esse meu despeito?

Conseguir não ficar assim aborrecida,

nem ter que combater meu próprio mau jeito?

Nunca imaginei que seria assim ferida,

para sonhar-te aqui em meus braços e, em meu leito.

Ou que me sentiria errada e, vil bandida.

Com essa dor rasgada sangrando em meu peito.

Como faria pra não transpor a medida

daquilo que seria o meu simples direito,

com esse amor pulsando em meu peito suicida?

De que forma esconder esse triste defeito,

e, sem ir contra mim, fazer-me de fingida,

dizendo que está tudo bem, tudo perfeito?!