Dissolutos

Desses dissolutos,que a inveja

Os devora as almas impertinente,

Eu venho como poeta maldizente

Satiriza-los com o mal que seja!

E mim esta ira me sobeja

Como sobejam as petas sobre às gentes!

Quem pensam que são esses insolentes,

Que expõem as vidas de outrem à bandeja?

Serão santos, muito embora,

Sendo pungentes Fariseus,

Ou um perspicaz covil de víboras?

São sagazes que não olham o próprio rabo

E que não indagam os vícios seus,

Ah, rir-se-á desses sandeus o diabo!