"De toda carne e meio-dia..."

De toda carne e meio-dia,

Em cada toque, os olhos deslumbram

O amor em hemorragia

Desejando que os corpos se unam.

De toda vida e meio-fio

Em cada sussurro no qual os póros se abrem

Escorre pelos pêlos o suor frio

Onde amo o amor que só você tem!

Em todo pouco de um tanto

Abafa a chama de ardor.

Sofrem os olhos de dor e quebranto

Ao colher cada flor incolor.

De tanto ama-lá e queimar em vontade,

Minha morada se ergue em saudade!