ESPAÇOS  DO  SILÊNCIO

 

A palavra é uma dependência do silêncio,

E com ele, milhares de combinações:

Na seqüência, na pausa, ora é leve, ora intenso,

Aquece e arrefece, suave, às imbricações

 

E às posições com a palavra;  claro ou denso,

É silêncio, breve, fugaz ou passageiro.

Sendo intencional, é racional ou punitivo,

Faz que a palavra falte ao seu local primeiro,

 

O ar, onda vibratória nele a propagar...

E a palavra pelo ar se move lenta, e fraca,

Contra o chumbo do silêncio, peso a se alastrar,

 

Dono de uma verdade e mil entendimentos,

Cada cabeça há que calar para entender:

Calar é a aleatória resposta ao ato de falar.

 

 

José Carlos De Gonzalez

17 de fevereiro de 2008

 
           

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 17/02/2008
Reeditado em 17/02/2008
Código do texto: T862886
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.