ESPAÇOS DO SILÊNCIO
A palavra é uma dependência do silêncio,
E com ele, milhares de combinações:
Na seqüência, na pausa, ora é leve, ora intenso,
Aquece e arrefece, suave, às imbricações
E às posições com a palavra; claro ou denso,
É silêncio, breve, fugaz ou passageiro.
Sendo intencional, é racional ou punitivo,
Faz que a palavra falte ao seu local primeiro,
O ar, onda vibratória nele a propagar...
E a palavra pelo ar se move lenta, e fraca,
Contra o chumbo do silêncio, peso a se alastrar,
Dono de uma verdade e mil entendimentos,
Cada cabeça há que calar para entender:
Calar é a aleatória resposta ao ato de falar.
José Carlos De Gonzalez
17 de fevereiro de 2008