O TEU VULTO (Homenagem por ocasião do falecimento do meu cunhado, Valterci)
Em que elo da memória ficastes preso ?
E onde posso te encontrar agora ?
O teu olhar meigo, doce e surpreso
Tombou na lembrança de quem por ti chora !
Onde repousa agora o teu sorriso ?
E a lágrima que desmaia do teu olhar ?
Se recordo o teu gesto tão impreciso,
Preciso do meu pranto a te orvalhar !
Relembro teu vulto, apenas um vulto ...
Que tornou o teu semblante oculto
Nas sombras de uma ventania forte;
E tuas mãos tão humanamente carinhosas
Colheram para cobrir-te o corpo (rosas),
Saudosamente adormecido pela morte !