DESILUSÃO
Como definir este sentimento vago e sem razão
Que toma conta do meu ser em forma de véu ?
Sou prisioneira da minha própria desilusão
E o carrasco que me prende, também é réu !
Entre as grades ferrenhas que nos tolhem,
O eco do meu grito é quase mudo;
Um castelo desmoronado nos acolhe
E um deserto de sentimentos rudes é tudo !
Querer bem, feito ilusão foi o tropeço,
Pois na vida o bem caro tem seu preço
E ninguém é poupado deste encargo ...
Busquei consolo neste emaranhado caminho,
Levantei uma taça de fel e não de vinho
E sorvi, sem ventura, o conteúdo amargo !