A RIVALIDADE DA LUA
Quando à noite, te vejo contemplativa,
Uma luz se estampa no meu rosto pálido
E a lua, tua rival silenciosa e esquiva
Inveja no mutismo, teu semblante cálido ...
E meus olhos brilham com teu encanto de nua ...
É quando a lua ameaça se despencar do céu
E roubar-te o encantamento que, não tem, a lua
E voa a ilusão nas alvas asas de um corcel ...
Quando a auréola da lua se levanta,
A palidez de sonho em tua face é tanta ! ...
Que a noite parece lhe cobrir de véu !
E teus cabelos selênicos de cores alvas
Descem pelo dorso do corcel em crinalvas
De estrelas que a lua bordou no céu !