Labirinto

Sinto espaços sincopados:

cinco dedos assustados!

Minto medos mal guardados;

pinto traços desbotados.

Finco passos tropeçados,

finjo mágoas do passado,

pingo lágrimas de lado,

xingo os laços mal atados.

Meço a língua com afinco,

peço calma no recinto,

me retalho em desvarios.

Vida exígua é labirinto;

ri da alma, enquanto eu brinco

nos atalhos e desvios.