SONATA
SONATA
Essa música que ouço em surdina
E que me fere a sensibilidade.
É um adágio, uma triste sonatina,
Melodia de amor e de saudade...
Chora o vento. Balança a cortina.
Chega à sala e de sons logo a invade,
E povoa esta sala pequenina
De soluços, suspiros e ansiedade...
Depois agita as flores lá de fora
E em profundos suspiros se estertora
Na ânsia do além, da eternidade...
Improvisa com seu triste lamento
Melodias de enternecimento,
Na “sonata do amor e da saudade”.